O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir neste domingo (19) a libertação do jornalista Julian Assange, preso no Reino Unido e acusado de espionagem pelos Estados Unidos da América (EUA). O fundador do site WikiLeaks aguarda a decisão do Supremo Tribunal de Londres nesta segunda-feira (20) que pode extraditá-lo para os EUA. Lula afirmou que o jornalista deveria ter sido premiado por revelar "segredos dos poderosos" ao invés de estar preso: "espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível." Acusação Assange enfrenta 18 acusações baseadas na Lei de Espionagem dos EUA. Se condenado, pode pegar até 175 anos de prisão. Ele é acusado por ter revelado 250 mil documentos militares e diplomáticos confidenciais que revelaram crimes de guerra e abusos de direitos humanos ocorridos nas guerras do Afeganistão e do Iraque. As autoridades estadunidenses querem condenar Assange argumentando que suas açõ
Na próxima terça-feira (16/12), às 19h, no Museu da
Indústria do Ceará, a Associação Vidança lança o livro Asas do Sonho. A
publicação celebra e resgata a trajetória de 33 anos da Associação Vidança na
formação de crianças e adolescentes em arte, com foco na música e na dança, com
atuação no bairro da Vila Velha e adjacências. O projeto foi contemplado no V
Edital Mecenas do Ceará (2013), da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará,
com o apoio cultural da Coelce.
As autoras
Anália Timbó, bailarina, coreógrafa, professora e fundadora da Vidança, e
Ângela Linhares, doutora em arte-educação, narram essa história de luta e
esperança em três etapas, que se complementam para que o leitor construa uma
imagem mais ampla do trabalho desenvolvido pela ONG. Primeiramente, revelam a
origem da Vidança e a metodologia de ensino desenvolvida e adotada pela sua Escola
de Artes e Ofícios.
A seguir, imagens
dos principais espetáculos da companhia de dança se costuram com prosas sobre tudo
o que inspira essas criações coletivas. E, por fim, traz dois ensaios de
fotógrafos que acompanharam de perto as ações da Vidança: Jarbas Oliveira e
Alex Hermes.
Vale ressaltar
que a origem da associação remete à história de vida de sua fundadora. Anália,
que vivia na Barra do Ceará com sua família, teve sua formação graças a uma
iniciativa pioneira de ensino da dança às classes populares, em 1974, ao
ingressar como aluna da Escola de Dança do Serviço Social da Indústria (SESI).
Em 1977, a
Escola de Dança Clássica e Neo-Clássica do SESI foi extinta, sendo que, em
1979, Anália assume como professora a Escola de Dança do Sesi e dá
prosseguimento ao trabalho com crianças e adolescentes filhos e filhas de
operários, e em geral da comunidade, repassando às classes populares seus
conhecimentos como bailarina e coreógrafa, sempre vinculados a uma escuta do
território como lugar de expansão da arte e da vida comum. Em 1981, Anália,
então, criou o Grupo Vidança, hoje Associação Vidança, juntando sua família de
bailarinos, que vêm do sertão de Santa Quitéria.
“A iniciativa de criar a Vidança devolve as oportunidades que tive no
SESI da Barra do Ceará, ao tempo do Dr. Pompeu de Sousa Brasil Neto, Presidente
da Confederação Nacional da Indústria, que trouxe do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro o primeiro bailarino e coreógrafo Dennis Gray, em 1974. Ele preparou
toda uma geração de bailarinos, em geral, filhos de operários, para
apropriar-se da arte da dança e fazer dela sua vida. Além de mim, formou
meus irmãos Francisca Timbó, bailarina que integrou a Victor Navarro Companhia
de Dança por mais de 10 anos; Socorro Timbó, que participou da criação da
Vidança Companhia de Dança e hoje é professora, além de integrar o seu corpo de
baile; e Francisco Timbó, que se tornou primeiro bailarino do Teatro Municipal
do Rio de Janeiro”, relembra Anália.
Através da sua história de vida, ela constrói
a história do sujeito coletivo que é o conjunto de todos que fazem a Associação
Vidança. “A história contada a partir do ponto de vista de sua criadora, sem
dúvida expressa o vínculo inequívoco entre a história pessoal de Anália Timbó e
a do coletivo que ela vai aglutinando em torno de si e que passa a funcionar
como um sujeito coletivo, uma escola e corpo de baile a um só tempo; melhor
dizendo, uma escola e uma companhia que oportuniza o diálogo entre gerações e a
dança”, explica Ângela Linhares.
“Dançar é sonhar, é se fortalecer para construir
situações de luta e possibilidades, mesmo em meio a contextos tão adversos. Na
verdade, a coisa mais importante que ensinamos quando dançamos é gostar de
viver - e essas crianças precisam dançar para continuar vivendo e sonhando – na
verdade, realizando transformações a partir de si mesmas, em direção a
experiências mais felizes”, diz Anália Timbó.
Para celebrar os 33 anos da Vidança, outros eventos
e ações estão sendo realizadas em dezembro, como a exposição itinerante
Memorial Vidança e a apresentação do espetáculo Histórias de Acordar o Amanhã,
que irão circular pelas cidades de Horizonte (17/12), Itarema (23/12) e em
Fortaleza, no CUCA da Barra do Ceará (18, 19 e 20/12). Enquanto a exposição e o livro têm como
objetivo levar ao grande público um recorte especial da história da Vidança, a
circulação do espetáculo visa à prática do aprendizado, ao aprimoramento de
alunos e professores e à formação de plateia.
Essas
ações também foram contempladas pelo V Edital Mecenas do Ceará (2013), da
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com o apoio cultural da Coelce. O
apoio da Coelce viabilizou a manutenção em 2014 das atividades formativas em
arte, música e dança da Associação Vidança, que hoje beneficia em média 200
pessoas da comunidade do bairro Vila Velha e adjacências.
Sobre a Vidança – A
Associação Vidança surgiu em 1981, através do trabalho de sua presidente
Anália Timbó, professora, bailarina e coreógrafa. Com formação na Escola
de Dança Clássica e Neo-Clássica do SESI, voltada para as classes menos
favorecidas. Em 1979, ela assumiu o trabalho com crianças e adolescentes
filhos de operários, no bairro Vila Velha, na Barra do Ceará. São 33 anos
de existência do projeto que busca, através de novas parcerias, cumprir sua
meta de formar profissionais desde a infância, proporcionando uma
formação em arte, cujo núcleo é a dança e a música.
Dentre
os núcleos da associação estão: a Escola de Artes e Ofícios Vidança que
desenvolve a formação em dança, balé clássico, dança contemporânea, danças
dramáticas e folclóricas, dança criativa, alongamento, consciência corporal,
criações viso-manuais, percussão com o grupo Tambatuque do
Vidança e Retalhos da Vida -que promove encontros e propicia a troca de saberes
entre as gerações como forma de envolver e fortalecer os vínculos familiares.
Com
31 espetáculos montados e apresentados, a companhia de dança já se
apresentou pelo interior do Ceará, em diversas capitais do Nordeste - como
Piauí, Maranhão, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba (João Pessoa e Campina
Grande) - com o espetáculo “Catu Macã: Guerra Bonita”, em 2009/2010.
No Rio de Janeiro, participou do Criança Esperança, da Rede Globo,
abrindo o Fantástico em 2008 com o espetáculo Brincar de
Ser. Para Nova Iorque (EUA) levou o espetáculo
“Terreiros de Sol e Lua” em 2007, á convite da BrazilFoundation. Além
disso, participou de quatro filmes, com destaque para Rânia, de Roberta
Marques, e Homens com Cheiro de Flor, de Joe Pimentel.
Esse
ano, Anália Timbó recebeu homenagem da organização internacional
BrazilFoundation durante evento de gala realizado em setembro em Nova Iorque
(EUA), que teve como tema “Celebrando Mulheres”. A homenagem foi concebida
devido aos seus esforços de apoio aos jovens em Fortaleza, mas também como
exemplo de responsabilidade e compromisso social perante a comunidade de
apoiadores e parceiros da instituição.
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